passeio-me nua pelas minhas palavras e pela minha casa nua.
nua me canta a "Melody Gardot" o "My one and olny Thrill".
e, de olhos rasos de palavras,
me deixo possuir e me fecundo.
e no teclado escrevo, a chorar,
a felicidade em forma de peça de teatro.
e através das palavras vejo fios, notas, projectores e vídeo.
vejo respirações, pés, saltos altos e vestidos justos.
vejo jazz, cinema, palavras articuladas e lágrima contidas.
vejo público, olhos, mãos suadas e respirações entrecortadas.
e feliz escrevo e escrevo feliz
por me entregar a este meu amor que é o meu maior amor.
a minha escrita. materializada no meu teatro.
mais um filho. é muito bom ser mãe.