tenho o meu tempo vertido em gotinhas
e partículas perdidas:
metidas à força
em sítios esquivos mas simpáticos.
finta-me o meu tempo em contratempo
foge-me e fere-me de longe
com uma seta certeira e matreira.
quero arrebatar o meu tempo
guardá-lo e poupá-lo
para que o possa, certas vezes, estender
como massa de pão;
e com ele fazer bolinhos.
tenho o meu tempo deitado numa cama de dossel branco
uma cama repousada de branco algodão indiano.
namoro com o meu tempo
um caso dúbio, arredio,
ardiloso e fugidio.
2 comentários:
que tempo é, o teu tempo, Laura. :)
:)
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