Eram felizes às quartas-feiras, à tarde, quando passeavam de dedo mindinho, dado, pelas ruas soalheiras da baixa, entre segredos, beijinhos na face e trincas queridinhas na orelha.
Eram felizes com a banda sonora, comum, das suas vidas.
Eram felizes com sotaque à Porto e com preferências comuns no que dizia respeito a restaurantes, gel de banho, sopas e pastelinhos para o lanche.
Eram felizes ao telefone, nas cartas que escreviam, na missa e até na praia de Matosinhos, ao domingo.
Eram felizes de pijama e meia rota no dedo grande do pé.
Eram felizes com arrepios, impulsividade, retratos e rebuçadinhos de mentol.
Eram felizes porque sim e nunca se importaram muito com isso.
Porque a felicidade não se explica.
Sente-se. Ponto final.
4 comentários:
Há pássaros assim
infeliz, é, geralmente, quem pensa muito sobre tudo e todos :)
beijo, Laura, prima linda
marisa
Há sim, Mar Arável.
Sim minha querida Marisa.
Saudades
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