às vezes transporto-me para dentro de um desenho
(o desenho que me apetece)
e lá dentro permito-me ser
de risco fino ou traço anguloso
a preto e branco ou uma miríade de cores
e deixo que me apaguem e que me aumentem e me diminuam...
(o desenho que me apetece)
e lá dentro permito-me ser
de risco fino ou traço anguloso
a preto e branco ou uma miríade de cores
e deixo que me apaguem e que me aumentem e me diminuam...
e deixo que me recortem e me etiquetem e me decalquem
e lá transformam-se-me os olhos em luz
e o corpo em barcos
e canto gaivotas e cuspo estrelas
e rodopio
e sento-me na lua
e perfumo-me com orvalho
enquanto canto uma cantiga de antigamente.
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