Assim como
há protetores solares, e protetores de tudo
devia haver
protetores de nós.
Alguma coisinha
assim que se pusesse na pele.
Alguma coisinha
assim que nos resguardasse do que nos amachuca e nos põe cinzenta.
Devia haver.
Pode ser que
se invente.
Provavelmente
já não será no meu tempo.
Caso tivesse
filhos, agora era a parte em que diria “nem no tempo dos meus filhos”.
Enquanto não
os há – os protetores – cá me vou arranjando como posso.
O canastro
às vezes queixa-se, o queixo treme de mimo, as mãos suam e os pés enjeitam-se
para dentro.
Cá me vou
arranjando. Uns dias melhor outros menos mais ou menos.
Pode ser que
se invente.
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