Senão produzo, não sou eu. Sou antes uma massa
conforme da mesma massa de que se faz a massa. Não sou nada. Sou pouco. Sou normalíssima.
Sou mais uma.
Senão produzo não me revejo. Sou cinzenta e
monocórdica e chata e refilona.
Senão crio nunca me recrio. Morro aos bocadinhos,
sem vírgulas, sem temas, sem ar.
Senão crio nunca me revolto. E revoltar-me é bom.
Revoltar-me com o mundo, comigo, com as palavras
e com a alma.
Produzo e produzo-me. Crio e crio-me. Todos os
dias. Enquanto houver dias.
2 comentários:
Há quem tenhs prazer em consumir, há quem tenha prazer em produzir. É assim.
A vida é mais para lá dos olhos
Belo
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