Pois. E as minhas “mulheres” foram selecionadas para
o concurso nacional de Teatro.
Não pude evitar um sorriso aberto e um arrepio na
pele. Revisitei palco, deixas, luz e
aplausos. Ouvi a música e senti o medo das barrigas. A cantiga dos tacões e a
emoção a pairar no ar, com as partículas de pó.
O Teatro arrepia-me. As minhas atrizes arrepiam-me.
Abanam-me.
E eu gosto de coisas que me agitem. Preciso delas. Para
desafiar a banalidade e a rotina.
Para acordar a quietude.
Quando não tenho Teatro procuro esse alvoroço num
livro, num rascunho, nas letras de uma parede. Numa memória. Ou tão
simplesmente num refrão.
É disto, que vou fazendo os meus estremecimentos.
E com eles sigo inteira, mais possante.
E que é a vida senão isto?
Uma sucessão de calmas, arremessos, adormecimentos,
convulsões.
3 comentários:
Que bom, Laura!
Até vais ter um fim-de-semana melhor. Mesmo que chova a potes.
Que estremeças muito. ;)
:)
Parece-me que correu bem. A vida é tudo :)
Então... Muita merda!!!
Beijos, Laura. :)
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