já aqui o disse e volto a dizer.
adoro janelas.
fotografo-as, frequentemente, e depois ponho vida dentro delas.
mulheres com histórias. e histórias com mulheres.
imprimo-lhes cortinados de palavrinhas janotas e, na primavera, pinto-lhes os lábios de vermelho.
tenho uma colecção de janelas enternecedora.
tenho janelas de estimação e janelas-amuletos.
tenho janelas de língua afiada e janelas caricatas.
tenho janelas que me perturbam estupidamente e que me arrancam um sorriso rasgado.
já me debrucei em várias e já fiz as pazes, comigo, numa em particular.
já tomei decisões irrevogáveis na minha janela da sala.
e, na minha janela da sala, já fumei cigarros, tão bem acompanhada, com a minha solidão.
as janelas que me circundam - as da minha casa e da minha vida -
têm vistas para dias aproveitados
com conversas, reflexões e mudanças.
alcançam objectivos e guardam memórias.
e abrem-se de par a par,
para me receber todos os dias.
02/03/16
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Arquivo
-
►
2019
(70)
- Dezembro (8)
- Novembro (10)
- Outubro (10)
- Setembro (10)
- Agosto (11)
- Julho (3)
- Junho (9)
- Maio (6)
- Abril (3)
-
►
2018
(53)
- Dezembro (6)
- Novembro (5)
- Outubro (1)
- Setembro (4)
- Agosto (2)
- Julho (4)
- Junho (2)
- Maio (4)
- Abril (5)
- Março (3)
- Fevereiro (4)
- Janeiro (13)
-
►
2017
(223)
- Dezembro (8)
- Novembro (13)
- Outubro (11)
- Setembro (14)
- Agosto (9)
- Julho (7)
- Junho (19)
- Maio (26)
- Abril (24)
- Março (25)
- Fevereiro (27)
- Janeiro (40)
-
▼
2016
(396)
- Dezembro (29)
- Novembro (35)
- Outubro (24)
- Setembro (29)
- Agosto (19)
- Julho (24)
- Junho (24)
- Maio (37)
- Abril (38)
- Março (41)
- Fevereiro (49)
- Janeiro (47)
-
►
2015
(414)
- Dezembro (31)
- Novembro (32)
- Outubro (47)
- Setembro (36)
- Agosto (11)
- Julho (26)
- Junho (23)
- Maio (34)
- Abril (24)
- Março (43)
- Fevereiro (43)
- Janeiro (64)
-
►
2014
(444)
- Dezembro (29)
- Novembro (49)
- Outubro (64)
- Setembro (36)
- Agosto (46)
- Julho (48)
- Junho (5)
- Maio (22)
- Abril (46)
- Março (19)
- Fevereiro (29)
- Janeiro (51)
-
►
2013
(1029)
- Dezembro (34)
- Novembro (56)
- Outubro (61)
- Setembro (72)
- Agosto (45)
- Julho (110)
- Junho (69)
- Maio (119)
- Abril (92)
- Março (75)
- Fevereiro (143)
- Janeiro (153)
-
►
2012
(1274)
- Dezembro (109)
- Novembro (164)
- Outubro (198)
- Setembro (134)
- Agosto (83)
- Julho (122)
- Junho (62)
- Maio (92)
- Abril (69)
- Março (96)
- Fevereiro (65)
- Janeiro (80)
-
►
2011
(442)
- Dezembro (49)
- Novembro (24)
- Outubro (41)
- Setembro (19)
- Agosto (19)
- Julho (40)
- Junho (19)
- Maio (61)
- Abril (59)
- Março (63)
- Fevereiro (27)
- Janeiro (21)
-
►
2010
(139)
- Dezembro (18)
- Novembro (38)
- Outubro (9)
- Setembro (9)
- Agosto (8)
- Julho (4)
- Junho (19)
- Maio (7)
- Abril (5)
- Março (8)
- Fevereiro (6)
- Janeiro (8)
-
►
2009
(127)
- Dezembro (6)
- Novembro (11)
- Outubro (15)
- Setembro (3)
- Agosto (1)
- Julho (12)
- Junho (9)
- Maio (8)
- Abril (11)
- Março (9)
- Fevereiro (19)
- Janeiro (23)

9 comentários:
O teu texto das janelas, fez-me lembrar um jogo de criança que tinha com os meus primos em casa da minha avó. A ideia era estarmos todos à janela e cada um escolher uma cor. E contava-se os carros que passavam. Ganhava aquele que contabilizasse mais carros da cor escolhida :) a verdade é que se passava a tarde toda à janela :))
Beijinhos Laura :)
«Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,(...)
Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.»
A. Gedeão
Também gosto muito de janelas.
E ainda de portas, candeeiros, bancos públicos...
Falei do que gosto de fotografar, Laura.
Ao ler o comentário da Glória, lembrei-me que a janela da sala da minha casa de infância era quase um écran de cinema, onde via filmes do quotidiano, ou seja a vida da minha rua, as pessoas que passavam e falavam umas com as outras, os carros, as motas, as bicicletas, os cães...
E travesso como quase todas as crianças, adorava os "filmes" em dias de chuva, num tempo em que a rua ainda era de terra e onde se formavam poças de água e lama, com alguns condutores mais distraídos e apressados a deixaram-me a sorrir ao pintarem as pessoas de castanho. :)
Ora cá está uma das minha kryptonites... Já fui e sou tão feliz em algumas delas... :)
que saudades desses jogos de criança, VZd4 :)
beijinhos
Graça, obrigada pelo mimo. :)
adorei
Luís, as nossas infâncias recheadas de histórias :)
Eros :)
Publicar um comentário