Gosto da luz que entra, todas as manhãs, nas janelas da minha vida: do meu quarto, dos meus olhos, do meu trabalho.
Todos os dias as fotografo e as perpetuo; em retratos mentais longos e depurados ou em fotografias rápidas, entre cigarros, na varando do nono andar, do prédio onde trabalho.
Estes fragmentos de céu, tempo, claridade e amenidade, fazem-me diferente, todos os dias, em certos momentos dos meus dias iguais.
Acho que é isto que procuro, incessantemente, na vida: a singularidade e a quebra das rotinas teimosas, volumosas e instaladas.
9 comentários:
Eu nem sempre procuro a quebra das rotinas...
...mas procuro luz!
:)
Há que saber olhar as janelas.
Tantos que estão rodeados delas e continuam a ver só paredes de tijolos.
Que a luz continue a entrar pelas tuas janelas. :)
Belas as suas janelas
mesmo quando pestanejam
Bj
Laura, como entendo o que dizes...
Quando há um ano mudei, sem vontade, de gabinete de trabalho, de um espaço com portadas para um pátio, para outro com apenas uma fresta, também vi o meu lado de dentro encolher durante 7 / 8 horas.
quebrar rotinas como galhos secos...
muito bom
Eu gosto de janelas, deixo sempre a minha aberta para poder sonhar. :)
Um beijo, Laura. :)
Deixar que as coisas boas nos inundem, abrir-lhes as janelas do lado de dentro, inspirar fundo, reter o ar para que fiquem mais um pouco... tantas vezes senti isso, e agora, está aqui tão bem escrito por ti.
Que bom é que os teus olhos fotografem e nos revelem aqui todas essas imagens...
É interessante sermos gratos por tudo que nos cerca. Quanto mais agradecemos, mais as coisas boas e belas irão ao nosso encontro.
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