colagem de Waldemar Strempler
troco-me de sítio entre dentes
entre telas entre paredes
faço-o à noite em silêncio
com dedos de especiarias e sons minúsculos que me saem das pontas dos pés.
faço-o meia nua meia tonta meia eu:
viro-me para dentro e encontro-me no avesso
ponho a cabeça nos pés e o coração nas omoplatas
faço da saliva cabelos e da nuca inspiração.
preciso disso para me saber viva:
do caos, da trasladação.
só assim me sei viva
e me faço, inteira, em pedaços.
6 comentários:
Laura, é importante que no caos ou do caos nasça algo.
E no caos nascem palavras com galáxias dentro. :)
Um beijo no teu coração, Laura. :)
agrada-me esse movimento e esqueço-me tantas vezes dele...:)
E que nasça bem, Isabel :)
Alaska, e com rastos de estrelas cadentes...
beijo menina da música
Ana podes sempre resgatá-lo; pertence-te, por direito :)
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