
quando eu morrer,
pintem-me de vermelho os lábios
e ponham-me eye-liner nos olhos, um risco fino, perfeito, mais que perfeito.
ponham-me blush ao tom da pele, uma cor de pêssego que pareça veludo.
calcem-me uns sapatos de salto e tem de ser de salto muito alto,
(pode ser que eu já tenha os meus almejados Louboutin, de sola vermelha)
e vistam-me qualquer roupa que tenha um ar nobre e elegante,
elegante, sobretudo.
não me estiquem o cabelo, não!
quero os meus caracóis, com creme “curly” a cheirar a qualquer coisa indefinida, mas quero-o, sim, e quero-os, sim, os meus caracóis.
pintem-me de vermelho as unhas das mãos e ponham-me um anel em cada dedo anelar.
brincos, claro, e uma das minhas beloved carteiras, qualquer uma delas,
amo-as a todas, todas têm o toque das minhas mãos e o tique do meu caminhar,
e ponham-me eye-liner nos olhos, um risco fino, perfeito, mais que perfeito.
ponham-me blush ao tom da pele, uma cor de pêssego que pareça veludo.
calcem-me uns sapatos de salto e tem de ser de salto muito alto,
(pode ser que eu já tenha os meus almejados Louboutin, de sola vermelha)
e vistam-me qualquer roupa que tenha um ar nobre e elegante,
elegante, sobretudo.
não me estiquem o cabelo, não!
quero os meus caracóis, com creme “curly” a cheirar a qualquer coisa indefinida, mas quero-o, sim, e quero-os, sim, os meus caracóis.
pintem-me de vermelho as unhas das mãos e ponham-me um anel em cada dedo anelar.
brincos, claro, e uma das minhas beloved carteiras, qualquer uma delas,
amo-as a todas, todas têm o toque das minhas mãos e o tique do meu caminhar,
a bater-me nas pernas.
ponham-me lá dentro, da carteirinha,
a imagem do santo expedito que me deu a minha mãe,
o meu porta chaves louis vuitton
um molleskine preto e uma caneta
um lápis, borracha e um tubo de cola
um cigarrinho para o que der e vier
o livro do Virgílio Ferreira “pensar”
uma tesoura e revistas para fazer colagens
uma carteirinha mais pequena para caberem coisas fúteis, mas queridas
um baton mate e um gloss
uma lima das unhas
um pacote de adoçante
ponham-me lá dentro, da carteirinha,
a imagem do santo expedito que me deu a minha mãe,
o meu porta chaves louis vuitton
um molleskine preto e uma caneta
um lápis, borracha e um tubo de cola
um cigarrinho para o que der e vier
o livro do Virgílio Ferreira “pensar”
uma tesoura e revistas para fazer colagens
uma carteirinha mais pequena para caberem coisas fúteis, mas queridas
um baton mate e um gloss
uma lima das unhas
um pacote de adoçante
uma fotografia dos ferreiras
e uma carteirinha de aspegic.
e ponham, ponham a tocar o “corcovado” do antonio carlos jobim
uma das minhas musicas preferidas,
que me embalam, deliciam
e uma carteirinha de aspegic.
e ponham, ponham a tocar o “corcovado” do antonio carlos jobim
uma das minhas musicas preferidas,
que me embalam, deliciam
e eternamente,
acompanharão.
acompanharão.
(eu, que amo cada dia da minha vida, sempre mais e mais)