Catrapumba,
pensou ele, ao sair do trabalho.
Agora meto-me
no carro, enfio-me numa fila de trânsito até casa e aproveito para ver os
perfis dos condutores e ver se alguma alma feminina se ri para mim; quando isso
acontece ofereço-lhe o meu melhor sorriso, aquele de lado, a mostrar só a fileira
dos dentes de cima.
Se a coisa
correr bem e o trânsito estiver infernal, pode ser que dê para abrir o vidro e lançar
um piropo engraçado ou um comentário sem interesse.
Se o trânsito
estiver mesmo parado porque houve um acidente mais à frente que meteu bombeiros
e tudo, pode ser que até dê para sair do carro, oferecer-lhe uma bolachinha e perguntar-lhe
coisas mais dela assim do tipo se é casada ou vive com a mãe e com o gato.
Não desisto
de encontrar uma moça numa fila de trânsito, já que nas redes sociais não tenho
sorte nenhuma.
Ainda um dia
hei-de casar com uma senhora de um Mini ou de um Citroen ou de um Fiat Panda
pequenino com matrícula anterior a 2000.
A minha
esperança nunca morre.
6 comentários:
Tem aí um belo início de romance:)
~CC~
Boa noite:- A esperança é sempre a última a morrer, lol
.
Cumprimentos
E que mantenha essa esperança :D
ahahahahah, queria?, já não quer? ou será que encontrou, mesmo, a senhora na fila do trânsito?
Boa noite, Laura :)
Seria bastante interessante! :))
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Sonhos perdidos na inocência ...
Beijo e uma boa noite!
Podia dizer que há "malucos" para tudo, mas prefiro dizer que há "apaixonados" para tudo. :)
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